Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Foi inaugurado hoje (1), no Rio, o Centro de Inteligência dos Jogos (CIJ), localizado na zona portuária da capital. Coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o local será o centro das ações de inteligência que serão desenvolvidas e implementadas antes, durante e após os jogos Pan e Parapan-Americanos. Trabalharão no centro 27 órgãos de inteligência e segurança. O principal foco será a prevenção ao terrorismo e a ações do crime organizado.O secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, informou que a sede do centro começa a funcionar na semana que vem e que até o final de junho já estará atuando integralmente, 24 horas. Após os jogos, "a estrutura do centro será mantida e servirá para ajudar nos trabalhos da polícia do Rio".Segundo o diretor-geral da Abin, Márcio Paulo Buzzaneli, até agora 62 mil nomes de estrangeiros que devem vir para o Pan já foram levantados e recomendados ou não pela agência. Caberá à Secretaria Nacional de Segurança, junto com o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos (Co-Rio), aprová-los ou não. “O maior foco está na investigação de grupos terroristas internacionais, especialmente de inspiração islâmica”, explicou.Pessoas que atuariam "profissionalmente arregimentando grupos para movimentos” também estarão na mira da Abin. Segundo o comandante de Inteligência da Abin, Luiz Salaberry, "estrangeiros, por exemplo, que arregimentam pessoas para manifestações contra a Organização Mundial de Comércio” fariam parte desse grupo, já que isso não é permitido pela legislação internacional durante grandes eventos. “Estamos levantando o nome dessas pessoas que foram detidas no mundo inteiro, para o governo brasileiro definir se concede o visto ou não. Se, do ponto de vista das liberdades individuais, não for possível negar o visto, esses estrangeiros vão ter um acompanhamento da área de inteligência”, revelou Salaberry.