Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O país não está preparado para a convergência de mídias, concluíram hoje os participantes do 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão. O processo, que vem aproximando a internet do telefone e da TV, ou o celular da transmissão de imagens e músicas, vai exigir uma forte revisão da legislação brasileira, prevêem os empresários e especialistas que participaram do evento.O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) afirmou que a convergência vai exigir trabalho do Congresso. “Nosso marco regulatório não dá conta mais do que está ocorrendo”. O deputado, que é membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, colocou ainda a necessidade de que todo e qualquer marco regulatório que seja construído passe por revisões constantes. O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Pedro Jaime Ziller concordou. Ele avalia que para construir um ambiente favorável à convergência, é necessário fazer uma regulamentação aberta, flexível e que não privilegie nenhuma tecnologia. Outras características apontadas por ele são maior liberdade para os novos prestadores e novos serviços e que se evite o monopólio. Ziller afirma que a convergência tecnológica deve ser percebida em um aspecto amplo. “Não é mais só tecnologia, são também os novos serviços, formas de fazer negócio e a interação com a sociedade”. O 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão começou em Brasília no dia 29 e termina hoje (31), com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vai debater o tema No Ar o Brasil: Agenda de Desenvolvimento.