Engenheiro civil da Gautama depõe após conseguir habeas corpus no STF

25/05/2007 - 11h15

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O engenheiro civil da Construtora Gautama e ex-servidor da Companhia de Água e Saneamento de Alagoas (Casal), Rosevaldo Pereira Melo, depõe no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele obteve habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de ontem (24), juntamente com os sobrinhos do governador do Maranhão, Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior e Alexandre Maia Lago. Os dois tinham depoimentos marcados no STJ esta semana, mas se recusaram a falar à ministra Eliana Calmon, que conduz as investigações iniciadas pela Polícia Federal na Operação Navalha.Estão ainda previstos para hoje (25), no STJ, os depoimentos de outros cinco acusados de fraudes: Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da construtora; Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da empresa; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro; Dimas Soares de Veras, irmão do dono da Gautama, Zuleido Veras; e Vicente Vasconcelos Coni, diretor da empresa.Até agora, desde o início dos depoimentos na última segunda-feira, já conseguiram liberdade 38 envolvidos na Operação Furacão. A Polícia Federal prendeu, inicialmente, 47 pessoas acusadas de envolvimento em fraudes em licitações, desvio de recursos de obras públicas e aliciamento de agentes administrativos.Já o ex-chefe de gabinete de Pedro Passos na Secretaria de Agricultura do Distrito Federal, Adão Pirajara Amador Farias, foi preso depois, em flagrante após denúncia anônima de estar queimando documentos em casa. Com isso, ele somou-se ao banco dos réus depois da lista inicial divulgada pela PF. Farias também já foi solto.Para amanhã (26), estão agendados outros quatro depoimentos: Zuleido Soares Barros de Veras, dono da construtora Gautama, empresa que estaria envolvida no esquema investigado pela Operação; Rodolpho De Albuquerque Soares Veras, filho do dono da construtora; Tereza Freire Lima, funcionária da construtora; e Henrique Garcia, administrador ligado à Gautama.O deputado distrital Pedro Passos, também acusado de envolvimento no esquema pela Polícia Federal, ainda não informou ao STJ se irá prestar esclarecimentos. Como ele conseguiu habeas corpus, tem a liberdade de decidir se quer depor por não estar mais a disposição da justiça.