Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Proibir que empresas envolvidas em corrupção façam contratos com o governo e mudar o sistema de apresentação de emendas parlamentares ao orçamento foram algumas das propostas debatidas hoje (23) pelos 19 líderes partidários da Câmara dos Deputados.A obrigação do corruptor flagrado responder com a indisponibilidade de seus bens patrimoniais foi outra medida discutida. Em reunião com o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), os parlamentares decidiram criar um grupo de trabalho para avaliar as ações de combate à corrupção apresentadas pelas legendas."Hoje foi salientado o que muitos aqui temos convicção: muitos dos problemas começam com emendas de bancadas e, muitas vezes, o pretexto é o financiamento de campanha. As emendas de bancada serão dissecadas, e a má-vontade com elas é pública e notória", afirmou Chinaglia.Segundo ele, a discussão sobre a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de desvio de recursos em licitações públicas, deflagrado pela Operação Navalha, não entrou na pauta da reunião.O deputado fez questão de ressaltar que a Câmara não será "complacente" com parlamentares que comprovadamente se envolverem com esquemas ilícitos.Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (29) para que as bancadas possam apresentar suas sugestões.