Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério do Turismo começa no dia 3 de junho uma campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, dirigida a turistas que chegarão à cidade para acompanhar os Jogos Pan-Americanos. Serão veiculadas mensagens contra o turismo sexual em outdoors, fachadas de prédios, táxis, ônibus e bancas de jornal.Com isso, o governo do estado e o federal querem evitar que parte dos 700 mil turistas esperados para a competição acabe por incentivar o mercado de prostituição, principalmente em relação a menores de idade. Hoje (18), a ministra do Turismo, Marta Suplicy, assinou um acordo com o governo do Rio para coibir  esse tipo de crime. O objetivo é integrar as ações nos dois níveis de governo. Ela ponderou que apenas a repressão não é o suficiente, também é necessário prestar atendimento às famílias desses jovens. “Já temos o mapeamento nacional de onde mais acontece a exploração sexual. Agora, o objetivo é qualificar essas famílias e integrá-las ao mercado turístico para trabalharem nos hotéis e restaurantes”.Uma pesquisa divulgada esta semana pela Universidade de Brasília (UnB) mostra que em 36% dos municípios brasileiros ocorrem casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Outro dado revelado pelo trabalho é que 70% desses locais pequenos ou médios municípios (20 mil a 100 mil habitantes) e que a exploração sexual é mais intensa nas cidades de fronteira e na região Nordeste do país, que tem 31,8% dos casos. Em seguida está o Sudeste (25,7%); o Sul (17,3%); o Centro-Oeste (13,6%); e o Norte (11,6%).A pesquisa da UnB abrange o período de 1996 a 2004 e foi coordenada pelo Departamento de Serviço Social da universidade. Dados sobre o estudo podem ser acessados no site www.unb.br. Para denunciar esse crime, basta ligar para o número 100.