Governador do Maranhão diz que sua prisão teria sido um "absurdo"

18/05/2007 - 16h17

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A atual governador do Maranhão, Jackson Lago, comentou hoje (18) a possibilidade ter sido preso na Operação Navalha, da Polícia Federal. A informação não confirmada oficialmente foi divulgada pela imprensa. Segundo o governador, teria sido um absurdo se tivesse sido concretizada. “Coisas descabidas acontecem de vez em quando no nosso país, mas a minha história de vida está aí e creio que refletiram e viram o absurdo que cometeriam”, disse Lago.O governador também já ordenou apurações no estado para investigar a atuação da empresa Gautama. “Já mandei apurar como esta empresa chegou ao Maranhão, quais as obras já realizadas e quanto ela ganhou em cada governo”, afirmou. Jackson Lago disse que ninguém mais do que ele deseja que o esquema de corrupção seja apurado. “Estou na vida pública na luta contra os 40 anos de atraso, de corrupção, de exclusão e de empobrecimento do Maranhão. A população do meu estado me conhece e eu acho que a justiça tem que trabalhar, definir culpados e punir, não pode ficar só na parte cinematográfica. A população exige punição dos culpados”, afirma o governador.Informações divulgadas pela imprensa afirmam que a prisão de Jackson Lago havia sido pedida pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, junto com os demais acusados de envolvimento com a organização desmembrada pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Mas a prisão do governador teria sido negada pelo Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon.A Operação Navalha foi deflagrada nesta quinta-feira com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de recursos para obras públicas. No estado do Maranhão, foram presos por possível envolvimento com o esquema o ex-governador do estado José Reinaldo Carneiro Tavares, o secretário de infra-estrutura Ney de Barros Bello, o fiscal de obras Sebastião José Pinheiro Franco, além de lobistas e engenheiros. Também foram presos dois sobrinhos do governador Jackson Lago.