Ministro do Trabalho quer prioridade para qualificação profissional

11/05/2007 - 18h04

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmouhoje (11) que vai centrar esforços nas ações de governo direcionadasà qualificação profissional. Se possível, quer pelo menostriplicar os R$ 103 milhões previstos para a área neste ano, que segundo ele nãosão suficientes para atender nem 20% da demanda.O recado foi dado aos representantes do governo, trabalhadores eempresários, ao instalar, pela manhã, a primeira reunião ordinária doConselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) nesteano. Como foi também seu primeiro contato com os conselheiros, Lupi não apresentou nenhuma sugestão.Ele sugeriu, porém, que o Codefat marque nova reunião, nospróximos 15 ou 20 dias, para abrir a discussão sobre a necessidade demais recursos para a qualificação profissional. O ministro disse que na ocasião encaminhará a proposta de "assento e voto" no conselho tambémpara os secretários estaduais do Trabalho, que são "o vínculo maispróximo da aplicação dos recursos do FAT".O ministro destacou que os secretários são intermediários noprocesso de treinamento profissional, que será cada dia mais intensivoà medida que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) se efetivar."Temos que investir na qualificação do trabalhador para que ele possaestar preparado para o emprego que vai surgir, com certeza;conseqüência natural da promoção do crescimento sustentável daeconomia",  enfatizou.À saída da reunião, que se realizou no próprio ministério,Lupi disse que a necessidade de aplicar mais na qualificaçãoprofissional "é quase consensual entre os representantes do Conselho". Ele garantiu que vai promover uma discussão ampla sobre o tema, com totaltransparência. "Afinal de contas, trata-se de dinheiro público e deveser tratado como tal".Lupi disse que a necessidade de mais investimentos no setor ficoumais patente ainda depois que ele soube que omunicípio de Salvador, detentor do maior índice de desemprego dentre ascapitais dos estados, dispõe de cerca de 30 mil ofertas de empregos não preenchidas por falta de mão-de-obra qualificada.