Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Instituto Brasileiro pelo Desenvolvimento Sanitário (IBDS), Clayton Carvalho, rebateu hoje (4), durante o programa Amazônia Brasileira da Rádio Nacional da Amazônia, as denúncias de irregularidades feitas por líderes yanomami na semana passada. Segundo ele, a situação das comunidades indígenas é "confortável".O IBDS é uma organização não-governamental conveniada a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). De acordo com Carvalho, o instituto recebe mais de R$ 2 milhões por ano para prestar assistência médica direta a sete comunidades Yanomami.Na semana passada, o líder yanomami Armindo Melo formalizou uma denúncia contra o instituto no Ministério Público. O indígena acusa a organização de má administração de orçamento, desvio de recursos e descaso no atendimento. Segundo o presidente do IBDS, o instituto e a Funasa consideram a situação das comunidades satisfatória. “ A população tem uma assistência 24 horas por dia. São sete comunidades e todas elas têm posto de saúde e profissionais todo dia lá”, afirma Clayton Carvalho.“Não falta medicamento como já foi dito e não falta nenhum insumo para essa assistência. Nós já passamos por algumas situações de atraso de recursos por falta de caixa da Funasa. Mas as ações continuam funcionando.”O diretor do IBDS diz que as reclamações stão sendo feitas por interesses políticos. “Há uma organização interessada em assumir o convênio da Funasa . A melhor maneira de fazer isso é desmoralizar politicamente a instituição.”Segundo Carvalho, em 2006, foram registrados 116 casos de malária nas sete comunidades yanomami assistidas pelo IBDS. “Isso é um dado importante, que mostra que a situação é controlada. É uma situação extremamente confortável.”