Índice do IBGE aponta inflação de 0,22% na prévia de abril

25/04/2007 - 14h08

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,22% no mês de abril. A taxa é pouco mais do que a metade dos 0,41% registrados no levantamento de março. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a inflação com base nos preços praticados desde a última quinzena do mês anterior até o fechamento da primeira quinzena do mês atual. O indicador serve como prévia do IPCA, que consolida a inflação mensal.Segundo o IBGE, a desaceleração na alta dos preços dos alimentos foi a principal causa da redução do IPCA-15 em abril. A variação dos preços de alimentos e bebidas recuou do patamar de 1,21%, em março, para 0,39%, no levantamento divulgado hoje. As reduções mais significativas nas taxas de inflação foram observadas em produtos como o tomate (de 22,05% para 2,10%), a cebola (de 24,35% para 14,17%), os ovos (9,19% para 2,44%) e o café (5,28% para 2,44%), cujos preços continuaram aumentando, mas com menor intensidade.Outros produtos chegaram a ter deflação, como, por exemplo, as frutas (de 4,58% para –2,08%) e o frango (de 6,05% para –1,22%). Os preços da gasolina, que tinham subido 1% em março, mantiveram-se estáveis (variação de 0,03%) em abril. Em sentido contrário, aumentaram os preços do álcool (de – 0,64% para 2,51%) e dos artigos de vestuário (de -0,36% para 0,43%).A regiões metropolitanas que apresentaram maiores índices de inflação foram Recife (0,63%) e Belém (0,60). A menor taxa foi apurada em Curitiba, onde houve deflação de 0,20%. Os dados para o cálculo do IPCA-15 são obtidos junto a famílias com renda entre um a 40 salários-mínimos e a estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços em 11 regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Goiânia.