Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou hoje (20) uma audiência pública sobre a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contrária ao uso científico de células-tronco retiradas de embriões, autorizado pela Lei de Biossegurança. Convidada para apresentar trabalho sobre o tema, a cientista Alice Ferreira, professora associada da UniversidadeFederal de São Paulo (Unifesp), defendeu a proibição dos estudos.Segundo ela, pesquisas em camundongos mostraram que o uso desse tipode célula pode causar um tipo de tumor cancerígeno. “Sevocê injetar essas células no animal, você vaiformar um câncer chamado teratoma, é um câncer decaracterísticas embrionárias”, afirmou Alice Ferreira.“As células-tronco estãosendo estudadas, principalmente as células-tronco adultas, eessas células-tronco adultas já mostram que podemassumir características de células embrionárias,pluripotentes, que podem resolver o problema das doençasdegenerativas.”A professora da Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ) Cláudia Batista também fez uma apresentação contrária ao uso de células-tronco embrionárias. Para ela, existem fontes de célulasque não são embrionárias e que também sãopluripotentes. "Há uns três ou quatro anos nãoexistia essa possibilidade. Hoje a gente sabe que as do líquidoamniótico não só têm essa possibilidadecomo não têm as desvantagens que as célulasembrionárias têm, que é de causar tumores.”