Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A ocupação pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra Sem Terra (MST) de 25 das 27 praças de pedágio do Paraná por dois dias (terça e quarta-feira), causou prejuízos da ordem de R$ 3,16 milhões às seis concessionárias que administram o pedágio no estado. Segundo um levantamento feito pelas empresas, divulgado na noite de ontem (19), esse total inclui desde danos materiais até a perda de receita devido à liberação da cobrança de pedágio aos usuários durante a ocupação.Para o diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR-PR), João Chiminazzo Neto, as praças de pedágio se tornaram alvo do MST devido à “complacência” do governo do Paraná com as ações do movimento. “Em casos anteriores houve até desobediência a ordens judiciais de desocupação”.De acordo com Neto, “apesar de ter prometido por meio da imprensa entregar as praças limpas e organizadas tais como as invadiram, os integrantes do MST deixaram cabines com vidros quebrados, fios telefônicos e da rede interna de TV arrancados, danos aos mecanismos das cancelas eletrônicas, imóveis e equipamentos.”As concessionárias Econorte, Viapar, Rodovia das Cataratas, Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia encaminharão o levantamento ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O objetivo, segundo elas, é que o prejuízo "entre no cálculo do reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, com possível reflexo no reajuste anual das tarifas ou no programa de investimentos”.