Governo intensifica combate à aftosa em regiões de fronteira, no Norte e Nordeste do país

19/04/2007 - 20h10

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério da Agricultura está concentrando esforços no combate à febre aftosa em todos os estados brasileiros que fazem fronteira com outros países. A medida tem como objetivo impedir a ocorrência da doença no Brasil vinda de países vizinhos, como ocorreu em 2005.Ao mesmo tempo, o ministério trabalha para o desenvolvimento e melhoria do sistema de defesa das regiões Norte e Nordeste. A meta é erradicar a febre aftosa no país até 2009. “Esse é, inclusive, um compromisso de todos os países sul-americanos, para que até 2009 tenhamos a febre aftosa erradicada da região", disse o coordenador geral de Controle de Doenças do ministério, Guilherme Marques.Segundo o ministério, 14 estados que concentram 80% do rebanho brasileiro de bovinos têm hoje o reconhecimento nacional como livres da doença. Os demais, acrescentou o coordenador, estão "avançando" no controle da enfermidade.“São duas etapas para isso. A primeira é o reconhecimento nacional como livre da doença. Depois, há o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal”, explicou Marques, ao acrescentar que o governo está solicitando o reconhecimento internacional das 14 unidades da federação que estão livres da doença.De acordo com ele, todas as vacinas comercializadas hoje no Brasil são de fabricação nacional por parte do setor privado. “Mas 100% da vacina contra febre aftosa comercializada no país é acompanhada, monitorada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura”. Esse trabalho, explicou Marques, assegura a qualidade da vacina no que diz respeito à imunidade, esterilidade, potência e cuidados exigidos.Hoje, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 12,4 milhões para a construção de duas unidades que vão produzir vacinas contra a febre aftosa no município de Cravinhos (SP). O grupo Ouro Fino, responsável pela construção dos centros de pesquisa, firmou uma parceria com o Instiuto Butantan, que vai fornecer o conhecimento técnico-científico para a fabricação das vacinas.Marques ressaltou que a nova vacina também deverá passar pela fiscalização do ministério. “Uma vez produzidas, elas serão encaminhadas a uma central de selagem, que fica em Vinhedo (SP). Somente após  toda uma bateria de exames que demonstrem a qualidade imunológica da vacina, será autorizada a comercialização”.