Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dois advogados que representam acusados pela Operação Furacão da Polícia Federal acham pouco provável que o Supremo Tribunal Federal não concederá a prisão preventiva para manter as 25 pessoas presas durante a investigação. A avaliação foi feita pelos advogados Pedro Teixeira e Bruno Rodrigues, que trabalham na defesa, respectivamente, do delegado da Polícia Federal Carlos Pereira da Silva e do presidente de honra da escola de samba Beija Flor, Anízio Abraão David.O prazo das prisões preventivas, já prorrogadas pelo Supremo, acaba à zero hora de segunda-feira. Caso as prisões preventivas não sejam anunciadas pelo STF, os investigados serão soltos. "Fala-se na advocacia que se pede ao juiz o que não se pede nem à Deus. Só que o pedido tem de ser bem fundamentado e com indícios suficientes. Se isso for o bastante para convenser o ministro do STF, os advogados vão ter acesso a sua decisão e verificar sua legalidade", disse o advogado Pedro Teixeira.A Operação Furacão desarticulou uma quadrilha de contraventores, delegados e magistrados acusados de crimes como corrupção, tráfico de influência e envolvimento com jogos ilegais. A investigação mostrou a relação entre bicheiros, a polícia e a Justiça no Rio de Janeiro. A Polícia Federal encontrou uma série de objetos de luxo e o equivalente a cerca de R$ 5,5 milhões, em cheques e moedas de vários países.