Presidente da Câmara diz que CPI no Senado sobre crise aérea é desnecessária

16/04/2007 - 14h08

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), diz que não é necessária a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito – uma na Câmara e outra no Senado -, para investigar a crise no sistema aéreo brasileiro. “Cabe aos senadores analisarem se é adequado ter duas CPIs ao mesmo tempo. A minha opinião é que não. Até porque acho que seria um esforço em dobro para fazer uma investigação que qualquer CPI ou qualquer organismo poderia fazer”, observou.Os deputados aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma liminar que pede a imediata instalação da CPI na Casa. No Senado, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse na sexta-feira (13) que a oposição já tem 28 assinaturas, uma a mais que o necessário, para pedir a instalação de uma CPI para investigar o mesmo assunto. Mesmo assim, Virgílio diz que pretende continuar recolhendo assinaturas essa semana para chegar a 35 adesões. Depois disso, a oposição deverá decidir se pede ou não a abertura de uma CPI no Senado.“Eu creio que não me cabe julgar a iniciativa dos senadores, mas eu vejo que há senadores, inclusive da oposição, dizendo que não deve haver essa iniciativa por parte do Senado. Até porque os deputados de oposição da Câmara tiveram essa iniciativa primeiro. Então, creio que a oposição vai buscar se entender nesse ponto”, afirmou Chinaglia.Chinaglia espera que qualquer CPI seja orientada para beneficiar a sociedade. “Quando de outras CPIs, praticamente na legislatura passada, o que me incomodava é que havia muito discurso. E muito que do que foi divulgado pelas CPIs era trabalho da Polícia Federal e/ou do Ministério Público”, criticou.