Em vez de desmilitarizar, privatizar o controle de tráfego aéreo, propõe professor da UFRJ

03/04/2007 - 18h56

Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - Acrise do setor aéreo brasileiro já se estende por mais de seis meses, e a desmilitarização do controle de vôo é uma das principais reivindicações da categoria como forma de solucionar os problemas. Para o professor da Escola Politécnicade Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício doEspírito Santo, a melhor solução seria aprivatização, e não a desmilitarização.“Adesmilitarização não é a solução,no entanto, existem serviços de controle do tráfegoaéreo privatizados no mundo, como o Canadá e o ReinoUnido. Se nós estivéssemos buscando a últimapalavra em tecnologia no setor, nósnão estaríamos falando em desmilitarizaçãoe sim em privatização. Eu defendo a posiçãode que desmilitarizar não é a solução”,afirmou o professor em entrevista ao programa Notícias daManhã, da Rádio Nacional.Para oprofessor, não basta apenas mudar “o chefe” doscontroladores: “Se nãohouver um choque de gestão, uma busca pela eficiência epela profissionalização, não vai adiantar nada”. Respícioainda ressalta que existem outros problemas na aviaçãoque não tem a ver com o controle do tráfego aéreo.Segundo ele, a administração aeroportuáriatambém apresenta falhas que deveriam ser investigadas pelogoverno.“Cachorroinvadindo aeroporto, pombo morto na pista. Isso não tem nada aver com controle de tráfego aéreo, tem a ver comadministração aeroportuária, outra coisa que ogoverno poderia dar mais atenção. Se uma ala do governoacha que existe ineficiência na administração doespaço aéreo brasileiro, pode ter certeza que existemuito mais na administração dos aeroportos”, afirma.