Luziane Ximenes
Da Agência Brasil
Brasília - Uma operação do grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagrou o aliciamento de trabalhadores rurais para a colheita de milho, algodão, tomate e goiaba no estado de Goiás.   Nas propriedades Goiás Verde Ltda e Fazenda Luciane Boni, 186 pessoas trabalhavam sem registro, contratadas por falsas prestadoras de serviço. elas recebiam pelo trabalho um salario mínimo. A maioria dos trabalhadores vinha do Nordeste.De acordo com o auditor fiscal do ministério Claudio Secchin, a operação não constatou o cerceamento da liberdade por dívida. Ele diz que os proprietários das fazendas já efetuaram o registro dos empregados.A operação envolveu 14 profissionais, sendo seis auditores fiscais, seis policiais federais, um procurador do trabalho e um servidor administrativo do Ministério Público do Trabalho.Desde o início do ano até o dia 21 de março, foram feitas 14 operações em 32 propriedades rurais. Ao todo, 387 trabalhadores foram libertados. Segundo o ministério, entre 1995 (quando começaram as operações dos grupos móveis de fiscalização) e março deste ano, 22,2 mil trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão. O total de trabalhadores libertos representa 0,12% População Economicamente Ativa (PEA) da área rural no Brasil, hoje estimada em cerca de 18 milhões de pessoas.