Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ogoverno manterá a meta de superávit primário (economia feita pelogoverno para pagar os juros da dívida) para 2007 em R$ 91 bilhões,valor que já consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ainformação foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que nestamanhã participou da reunião da Junta de Execução Orçamentária paradiscutir o assunto.Uma nova avaliação da meta teve que ser feita após a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como o PIB  de2006, em termos absolutos, se elevou de R$ 2,1 trilhões para R$ 2,3trilhões, o governo teve que decidir entre manter a meta como proporçãodo PIB, ou seja, em 4,25% do PIB, ou mantê-la em valores absolutos.Para manter a meta como proporção do PIB, seria necessário aumentar o valor aser economizado para algo em torno de R$ 100 bilhões. "Achamos que osuperávit para este ano [R$ 91 bilhões] é satisfatório, uma vez quehouve também uma queda da relação dívida/ PIB", disse o ministro, aojustificar a decisão da Junta de optar pela segunda alternativa. Comisso, a meta como proporção do PIB caiu para 3,88%. Mantegaressaltou que a queda da relação entre a dívida pública e o PIB de 50%para 44,9% deixa o governo em posição mais confortável para reduzirproporcionalmente o superávit primário. "Seria muito difícil, a essaaltura do campeonato, termos que fazer um corte para manter a meta em4,25%. Teríamos que fazer um corte entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.Teríamos que eliminar programas, reduzir dotações, o que seria muitodifícil fazer". Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Mantega, participaram da reunião os ministrosdo Planejamento, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.