Petrobras deverá ter mais sócios no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, informa diretor

28/03/2007 - 17h19

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor deAbastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou hoje (28)que a estatal de petróleo estuda a inclusão de novossócios no Complexo Petroquímico do Rio deJaneiro (Comperj), além do grupo Ultra e do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como parte dareorganização do setor da Região Sudeste. Ocomplexo vai processar petróleo pesado da Bacia de Campos eproduzir matéria-prima petroquímica e derivados.De acordo com Costa, aestatal está negociando com as empresas Suzano e Unipar. “Nãohá ainda um desenho final de como isso vai ser finalizado. Comcerteza dentro do conceito de fortalecimento da petroquímicabrasileira, dentro do conceito de competitividade a nívelnacional e internacional”, afirmou.Na opinião dodiretor da Petrobras, pequenas empresas do setor não conseguemcompetir no mercado internacional, por isso defende que empresaspetroquímicas ganhem “musculatura” com capacidadeeconômica para investir na diversificação deprodutos como o biocombustível.A “reorganização”no setor na Região Sudeste deve ser feita em um prazo de seismeses a um ano, segundo Costa. “Pode ter váriosoutros sócios com a Suzano e Unipar, como pode ter váriosoutros sócios quer sejam brasileiros, quer sejamestrangeiros”, disse.O diretor da Petrobrasreafirmou que não há risco dos trabalhadores do grupoIpiranga perderem o emprego. A compra da Ipiranga pela Petrobras, oGrupo Branskem e o Grupo Ultra foi anunciada no dia 19, em um negóciode cerca de US$ 4 bilhões, envolvendo a rede de postos, adistribuidora e a companhia Ipiranga.“Acho que ostrabalhadores devem ficar bastante tranqüilos porque as trêsempresas vão investir na refinaria, vão agregar valoraos produtos e isso vai propiciar não apenas a manutençãodos empregos, mas possivelmente, com a diversificaçãodo elenco de produtos, vamos ter até o crescimento deempregos”, disse o diretor.Paulo Roberto Costa informou que ematé 15 dias deve ser divulgado um relatório deavaliação da venda da Ipiranga.Costa participou deaudiência pública na Câmara dos Deputados paradebater a compra do Grupo Ipiranga. A compra é questionadapela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por causa deinformações privilegiadas que teriam vazando antes donegócio ser fechado, causando valorização dasações da Ipiranga.O diretor afirmou que éa empresa é "veementemente" contra esse tipo deatitude e acrescentou que compete à CVM criar mecanismos paraimpedir o vazamento de informações privilegiadas.