Paralisação de policiais federais não deve prejudicar aeroporto de Brasília

28/03/2007 - 11h42

Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - A paralisação de 24 horas decretada hoje (28) pela Polícia Federal não deve prejudicar as atividades do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol/DF), Luiz Cláudio da Costa Avelar, em respeito à população e devido ao “caos” instalado nos aeroportos, os policiais federais de Brasília decidiram manter os trabalhos no aeroporto.

“Os aeroportos do Brasil inteiro já estão um caos. Não funciona o serviço de controle de vôo, as empresas vendem mais passagens que assentos, a Infraero está sofrendo uma série de denúncias de corrupção, então os aeroportos já estão um caos. Não estamos querendo proporcionar mais prejuízos à população, queremos ajudar, solucionar”, afirmou Avelar”. “Então, em Brasília, em respeito a população que não pode pagar o preço pela falta de sensibilidade do governo, a gente não vai fazer paralisação nem operação padrão”, completou.

Na última segunda-feira (26), após reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, disse que a PF, em protesto por reposição salarial de 30%, poderia iniciar uma operação padrão nos aeroportos a partir de hoje. Com isso, todas as bagagens seriam revistadas e toda a documentação de brasileiros com destino ao exterior e de estrangeiros que chegam ao país seria verificada.

Contudo, o presidente do Sindipol/DF garantiu que os serviços relacionados aos aeroportos serão mantidos, inclusive a emissão de passaportes. “O Passaporte, aqui em Brasília, já existe um problema sério. É feito por agendamento e tem sido entregue dois meses depois do pedido. Então, resolvemos também, para não prejudicar a população e em voto de confiança ao ministro [da Justiça], não paralisar a entrega dos passaportes”. Estão paralisadas, segundo Avelar, as investigações, operações policiais, perícias, oitivas, tomadas de depoimentos de testemunhas, entrega de documentos e emissão de certidão de nada consta.