Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Itália quer firmar parceria estratégica com oBrasil nas áreas de fabricação de medicamentos e biocombustíveis, deacordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na terça-feira (27),Lula recebe o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, no Palácio doPlanalto.Segundo o presidente, a Itália possui relaçõesestratégicas apenas com dois países que estão fora da União Européia,China e Índia. "A Itália está disposta a fazer parceria com o Brasil naárea da produção de remédios, na área da produção de etanol, debiodiesel para ajudar os países africanos, o que é outra coisaextremamente importante. Já há algum tempo nós temos conversado com osempresários italianos", afirmou hoje (26), em seu programa semanal derádio Café com o Presidente.Lula destacou que as conversas com o empresariadoitaliano são freqüentes e que já visitou a Confederação Geral daIndústria Italiana (Confindustria). O presidente do órgão, Luca diMontezemolo, já esteve no Brasil. "Nós estamos à procura de nichos de oportunidade,sobretudo para que a gente possa ter a experiência do sucesso dapequena empresa, da cooperativa, da microempresa. Eu penso que o fatode a Itália querer estabelecer com o Brasil uma parceria estratégica éextraordinariamente importante para o Brasil, que está dando à Itálianesse momento mais importância do que já deu em qualquer outro momento.Eu penso que nós vamos ganhar muito nessa relação com a Itália, porqueela vai ser reforçada.Eu penso que vai melhorar o comércio, vaimelhorar a relação cultural, vai melhorar a relação política, vaimelhorar também o crescimento econômico dos dois países", disse. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores,Lula e Prodi deverão discutir cooperação nos setores deinfra-estrutura, acordo entre Mercosul e União Européia e asnegociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata dos subsídios agrícolas.No ano passado, o comércio bilateral movimentou US$6,4 bilhões. A Itália é o 12º investidor estrangeiro no Brasil, comestoque de US$ 4,4 bilhões, conforme o Itamaraty.