Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Será liberado amanhã (26) pela manhã o grupo de 12 brasileiros, entre militares e funcionários do quadro da embaixada do Brasil em Kinshasa, capital do Congo.
Segundo o embaixador Flávio Roberto Bonzanini, a situação está mais calma na cidade, depois que o governo local conseguiu conter a rebelião em apoio ao senador e ex-vice-presidente Jean-Pierre Bemba, iniciada na quinta-feira (22). Desde esse dia, os brasileiros estão confinados na embaixada, por motivo de segurança, já que a representação fica localizada no centro das operações militares que tentavam conter os rebeldes.
Em entrevista à Agência Brasil, Bonzanini contou que "agora estamos em uma fase de controle da ordem pública: o exército e a polícia fazem varreduras para localizar rebeldes infiltrados e apreender armas". Ele acrescentou que foram ouvidos tiros até as 4 horas de hoje e atingiram um carro da embaixada e também a parte traseira do terreno: "Havia um risco muito grande e imediato. O embaixador da Nigéria sofreu ferimentos e várias sedes de outras representações foram quase destruídas".
Funcionários congoleses e brasileiros que têm família no país já haviam sido liberados, ontem, segundo o embaixador, porque estavam ansiosos, "e chegaram bem a suas residências". Por três dias, explicou, "nós achamos mais prudente ficar na embaixada, para não expor ninguém a risco desnecessário".
A expectativa de Bonzanini é de que em 48 horas a cidade volte ao ritmo normal, depois dos conflitos entre rebeldes e tropas do governo, que deixaram mais de 100 mortos.