Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo do Congo já conseguiu conter as milícias rebeldes que provocaram uma onda de violência na capital do país, Kinshasa, avalia o embaixador brasileiro no Congo, Flávio Roberto Bonzanini.De acordo com o embaixador, que ficou preso na embaixada desde que os conflitos começaram, falou à Agência Brasil que o governo exigiu que o senador e ex-vice-presidente Jean-Pierre Bemba desmobilizasse uma tropa de 600 homens responsáveis pela guarda pessoal dele."Bemba disse que se sentia inseguro, sem garantias suficientes para liberar a guarda", contou o embaixador, acrescentando que o estopim para a rebelião foi o seqüestro do irmão do senador, ocorrido no dia anterior. "Para Bemba, foi uma provocação e os conflitos logo se iniciaram", avaliou Bonzanini.A onda de violência, segundo o embaixador, surpreendeu os congoleses: “Era um dia normal, estávamos todos na embaixada, as pessoas nos escritórios, os alunos nas escolas. Milhares de pessoas ficaram retidas nos locais de trabalho e nós ficamos aqui na embaixada”.Na primeira eleição após a democratização do Congo, no ano passados, Bemba foi derrotado pelo atual presidente, Joseph Kabila.