Suspeita de uso de informação privilegiada na compra da Ipiranga não afetará Petrobras, diz Gabrielli

22/03/2007 - 19h25

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A suspeita do uso de informações privilegiadas na compra da Ipiranga por um consórcio liderado pela Petrobras não vai afetar a estatal, afirmou o presidente da empresa estatal, Sérgio Gabrielli. "A Petrobras não tem nada a ver com isso, fez uma operação lícita, aberta, transparente, de acordo com todos os princípios de mercado. Se alguém, pessoa física, ou grupo privado, financeiro ou de investidores fez isso, deve ser punido de maneira exemplar", afirmou Gabrielli, ao participar de audiência pública na Comissão de Serviços de Infra-estrutura do Senado Federal.A suspeita da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é de uso de informações privilegiadas, conhecidas como insider trading, quando alguém sabe com antecedência da compra de uma empresa e passa a adquirir suas ações, que acabam subindo de valor, gerando grandes lucros.Dois investidores que participaram da negociação da compra de ações ordinárias tiveram suas contas bloqueadas por decisão da Justiça Federal. Ainda estão sob investigação cerca de 23 investidores que negociaram ações da Refinaria Ipiranga e um investidor que negociou com ações da Distribuidora de Produtos Ipiranga. Cerca de 100 pessoas que sabiam das negociações também serão monitoradas.As informações foram divulgadas hoje (22), pela CVM, que apurou indícios de irregularidades na transação, junto com o Ministério Público Federal (MPF).