Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os novos resultados do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, também influenciou os resultados de indicadores macroeconômicos. Entre eles, houve a redução da proporção de investimento na economia. A taxa de investimentos caiu de 20,6% para 16,3% com o novo cálculo. Isso significa que tanto o setor público quanto o privado investiram menos em relação ao PIB, segundo o novo cálculo.“A queda do peso do investimento do PIB é produto de dois fatores que se combinam. Em primeiro lugar, o PIB estimado agora é bem maior o que reduz a taxa de investimento. E também, ao revisarmos os dados, percebemos que a magnitude da construção é menor do que estimávamos na metodologia anterior”, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Nunes.Em 2000, por exemplo, o ano referência para a pesquisa do IBGE, o setor de construção civil teve um peso menor de acordo com a nova metodologia. Foi de 8,7% para 5,5%. A participação do setor, em 2005, passou de 6,9% de acordo com o cálculo antigo, para 5,2% de acordo com o cálculo novo. Essa alteração é resultado direto da incorporação das Pesquisas Anuais da Indústria, Comércio, Serviços, e de Construção, reformuladas pelo IBGE na segunda metade da década de 90 e das informações do Imposto de Renda das pessoas jurídicas.