Central petroquímica do Sul vai receber investimentos de R$ 780 milhões em três anos

20/03/2007 - 22h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A ação que resultou da negociação entre a Petrobras e a Braskem na área petroquímica do grupo Ipiranga, adquirido pelas duas empresas mais o grupo Ultra por cerca de US$ 4 bilhões, vai possibilitar um “novo ordenamento acionário” na Copesul, a central de matérias-primas do Pólo Petroquímico do Sul.“Esse novo ordenamento vai abrir possibilidades de investimento”, disse hoje (20) o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Pelo acordo firmado, a estatal ficará com 36% do capital da Copesul e a Braskem, com os restantes 64%. Nos próximos três anos, as duas empresas pretendem investir R$ 780 milhões na Copesul, a fim de aumentar em 250 mil toneladas ao ano a produção de resinas. Os investimentos serão proporcionais às participações das companhias, ressaltou Costa.Também estão previstas ampliações e mudanças nas unidades de produção de resina, além da colocação de mais um forno para fornecimento de matérias-primas de segunda geração. “Isso propiciará um investimento que até então estava parado", afirmou Costa. Na opinião do diretor, esses investimentos permitirão às empresas do setor adquirir "mais musculatura" para competir no mercado internacional. Para José Lima de Andrade Neto, presidente da Petroquisa (subsidiária da Petrobras), está sendo dado neste momento o passo para a que a indústria petroquímica brasileira ganhe escala e seja competitiva: “Há um consenso de que a integração dos atores hoje pulverizados no país seria muito importante para a indústria petroquímica brasileira”.Andrade Neto destacou que a Petrobras tem interesse em sociedades nessa área, porque algumas dessas empresas já são clientes: "Interessa a todos do setor ter grupos fortes".