Especialista diz que Defesa Civil brasileira não está preprada para desastres naturais

20/03/2007 - 16h45

Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - Os desafios para adefesa civil brasileira em consequência das mudançasclimáticas globais começaram a ser discutidas hoje (20)no Primeiro Encontro Nacional sobre Mudanças Climáticase Defesa Civil, na Escola Politécnica da Universidade de SãoPaulo (USP). Nesse encontro, que vai até amanhã, asdiscussões estão voltadas apenas à RegiãoMetropolitana de São Paulo. De acordo com o coordenador deCiências Ambientais do Instituto de Estudos Avançados daUSP, Pedro Dias, as equipes de defesa civil brasileiras nãoestão preparadas para possíveis desastres naturaisacarretados pelo aumento da temperatura global, mudança noregime de chuvas, entre outras mudanças climáticas. Odespreparo dos integrantes da defesa civil, segundo o coordenador,seria decorrente de em grande parte de não haver históricode catástrofes naturais no Brasil.O mestre emsensoriamento remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe), Eymar Lopes, anunciou que o instituto tem condiçõesde criar um sistema computadorizado que gere em tempo real alertapara a possibilidade de deslizamentos de terra, alagamentos emudanças climáticas que provoquem destruiçãode lavouras em diferentes regiões do país. Segundoo especialista do Inpe, o instituto já possui a tecnologia decomputador para cruzar dados referentes às chuvas acumuladas eprevistas, às mudanças de temperatura e a outrasalterações climáticas de determinada área,com um mapa dos riscos específicos da mesma região. De acordo com Lopes, oalgorítimo que cruza os dados está em software decódigo livre mas será preciso criar os programas decomputador para viabilizar o sistema. Não há umprograma ou cronograma para a criação desse sistema,explicou.Outros encontros sobre mudanças climáticase defesa civil deverão ser realizados em outras regiõesmetropolitanas. As datas ainda não foram marcadas.