Comitê para preservação do Rio Paranaíba deve ser criado ainda neste ano

19/03/2007 - 15h55

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba deve ser instalado até o final de dezembro deste ano. A informação foi dada pelo superintendente de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), Rodrigo Flecha, ao participar d a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, evento que deu início à Semana da Água. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba teve sua criação aprovada pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos em 2002. No mesmo ano, foi instituído por decreto presidencial e funciona atualmente com uma diretoria provisória. Segundo Rodrigo Flecha, um objetivo importante do comitê é a aprovação do Plano para Gestão Integrada dos Recursos Hídricos para a Bacia do Paranaíba, que tem um conjunto de diretrizes como a cobrança pelo uso da água e programas de investimentos. Ele explica que um plano de bacias é constituído por um conjunto de ações de gestão que visam implementar, por exemplo, ações relacionadas à recuperação, revitalização e conservação da bacia.A bacia hidrográfica do Rio Paranaíba abrange os estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. A população da  região da bacia é de cerca de 8 milhões de habitantes, distribuídos entre 193 municípios, a maior parte deles  (133), em Goiás.Desde 2003 foram realizadas reuniões com representantes de órgãos gestores de recursos hídricos dos estados e do Distrito Federal.No início da reunião do comitê, foram homenageados pelos trabalhos ligados à água, entre outros, o presidente do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, José Carlos Carvalho, e o ex-senador Bernardo Cabral, relator do projeto de lei que originou a Lei das Águas, em 1997.A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, salientou como um dos desafios a serem debatidos na Semana da Água “a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos com um olhar para as bacias que hoje enfrentam maiores problemas de degradação ambiental”.