Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), informou hoje (16) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe garantiu a manutenção da indicação de Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para o Ministério da Agricultura. "O presidente Lula me disse que a indicação do deputado Odílio Balbinotti está mantida", disse ele, logo após participar da solenidade de posse do novo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, no Palácio do Planalto.Na quarta-feira, Temer anunciou, logo após encontro com Lula, no Planalto, que, dentre cinco nomes indicados pelo partido, o presidente havia demonstrado "simpatia" pela indicação de Balbinotti para o ministério. Ontem, o deputado paranaense participou da reunião do Conselho Politico e, à saída, Temer anunciou que Lula o confirmara como futuro ministro. Logo mais, à noite, Balbinotti encaminhou esclarecimentos ao presidente Lula sobre a investigação de que ele é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a assessoria do PMDB, o deputado enviou ao presidente uma nota explicativa de seu advogado, Aristides Junqueira Alvarenga. Na nota, o advogado informa que, no inquérito 2423, que corre sob segredo de Justiça, Balbinotti é apontado como investigado por acusação do crime de falsidadeideológica. O fato que deu origem ao processo teria ocorrido em 1996 e estaria relacionado com aatividade de "produtor rural" de Balbinotti (ele tem fazendas em que produz sementes de soja). O advogadoafirma que o fato ocorreu quando Odílio já era deputado federal e nãoadministrava mais sua empresa rural. Nesse período, segundo Junqueira, os negócios já estariam sendo administrados por procuradores nomeados pelo deputado."Odeputado já prestou esclarecimentos à Polícia Federal e aguarda, comtranqüilidade, o resultado das apurações, sempre com o maior respeitoao Supremo Tribunal Federal, ao Ministério Público Federal e a PolíciaFederal, cujo critério de justiça é inquestionável", afirma a nota. Ainda segundo o PMDB, Balbinotti também encaminhou a Lula um ofício de um gerente do Banco do Brasil de Alto Garças (MT), DanielAmbrósio Fialkoski, dirigido em 26 de julho de 2005 ao delegado daPolícia Judiciária Civil de Alto Garças, Antônio José Esperandio. O documento serviria, também, para comprovar a inocência do deputado.