Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, disse hoje (15) que o número de agricultores beneficiados pelos programas de regularização fundiária no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou muito abaixo da meta estipulada no Plano Nacional de Reforma Agrária de 2003. O plano previa a regularização da posse de terra de 500 mil famílias até 2006. "Ficou muito longe desse número. Nosso programa de regularização não avançou muito porque depende também do trabalho com os governos estaduais e municipais", afirmou à Agência Brasil. Segundo ele, o número ainda está sendo contabilizado."Isso envolve os institutos de terra. É preciso ver o que é terra pública federal, estadual, e de forma combinada promover a regularização dessas famílias", completou. A prioridade do governo, de acordo com o presidente, foi o assentamento de famílias. Dados divulgados pelo governo em janeiro mostram que 381 mil famílias foram assentadas de 2003 a 2006. O número aproxima-se da meta de 400 mil famílias estipulada no plano. Em fevereiro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, chegou a afirmar que o número relativo à regularização de posse ficaria próximo da meta estipulada no Plano Nacional de Reforma Agrária. "Crédito fundiário não deve ter chegado perto das metas. Já regularização fundiária foi bastante significativa", disse Cassel. De acordo com a assessoria do Incra, os números de regularização fundiária em 2006 avançaram, mas, no balanço geral dos últimos quatro anos, o avanço foi pequeno. A assessoria não tem estimativa de data prevista para a divulgação dos dados totais.