Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - As mulheres da Via Campesina no Rio Grande do Sul - a maioriavinculada aos movimentos de Mulheres Camponesas (MMC) e de PequenosAgricultores (MPA) – fazem hoje (8) atos públicos em várias cidades doestado “para debater os impactos do deserto verde e lançar uma campanhade produção de alimentos saudáveis”.Segundo Raquel Monteiro, dacoordenação gaúcha da entidade, as mobilizações também fazem parte daJornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina que tem comolema, neste ano, Mulheres na luta por soberania alimentar, contra oagronegócio, e que será lançada nesta quinta-feira, Dia Internacionalda Mulher.Em Porto Alegre, as mais de 400 mulheres, oriundas devárias regiões do estado e que montaram acampamento em Canoas, naregião metropolitana, vão se unir, no centro da cidade, às quase 300mulheres que desocuparam a área da Aracruz (fazenda Cerro Alto) emEldorado do Sul. A mobilização começa a partir das 10 horas, em frenteao Mercado Público.Às 16 horas, elas fazem o lançamento dacampanha sobre alimentos saudáveis, na Universidade Federal do RioGrande do Sul (UFTGS), onde pretendem colocar aos estudantes e àsociedade, a necessidade de estudos e trabalhos para o aprimoramento dapequena agricultura, “ao invés de direcionados às empresasmultinacionais”, adiantou Raquel.   No interior doestado, as maiores manifestações serão realizadas em Pelotas, no sul doestado, a partir das 10 horas – onde haverá distribuição de alimentosda agricultura familiar à população, como leite e hortaliças. EmSantana do Livramento, na fronteira oeste, um ato público vai reunircamponesas do Brasil e do Uruguai, a partir da 16 horas, no centro dacidade. Em Santa Maria, na região central, são esperadas manifestantesde vários assentamentos.