Bruno Bochini
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Lideranças de várias entidades criticam a repressão da Polícia Militar de São Paulo à manifestação que marca o Dia Internacional da Mulher e a visita do presidente norte-americano George W. Bush. Bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha foram atiradas contra a manifestação. De cima do carro de som, as lideranças feministas, que davam o tom das críticas sobre a desigualdade de gênero e da postura norte-americana, fizeram apelos para a polícia não atacar o grupo. O confronto durou cerca de 15 minutos e começou quando um grupo de manifestantes procurava ampliar o número de faixas ocupadas pelo protesto na Avenida Paulista.Um dos que presenciaram a confronto foi o deputado federal Ivan Valente (P-SOL-SP), estava presente na manifestação e estava negociando para aumentar as faixas da avenida, onde aconteceria a concentração final da manifestação. "Eu estava negociando com o coronel da PM a abertura da Avenida Paulista para facilitar a concentração de pessoas. Quando estávamos dialogando, tentando convencê-lo, explodiu já o conflito ali já na esquina. Foi bomba de gás, correria, um conflito feio com feridos de bala de borracha, o que é um absurdo. É uma utilização criminosa. Pode cegar gente. Até matar. Tudo isso por conta da repressão", criticou.