IBGE prevê safra recorde de 124,9 milhões de toneladas de grãos

08/03/2007 - 15h34

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A safra de grãos deste ano deverá ser de 129,4 milhões detoneladas, 11% maior que a de 2006, segundo a segunda previsão de safra,relativa a fevereiro, divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE). O número representa um recorde histórico.A estimativa indica que o algodão herbáceo em caroçocrescerá 27,0%; amendoim em casca segunda safra, 25,4%; aveia em grão, 24,9%;cevada em grão, 26,6%; feijão em grão primeira safra, 35,1%; feijão em grão terceirasafra, 7,2%; mamona em baga, 82,1%; milho em grão primeira safra, 14,3%; milhoem grão segunda safra, 20,0%; soja em grão, 8,5%; trigo em grão, 46,0%, etriticale, 17,3%. As reduções na safra ficam por conta do amendoim em casca primeirasafra (11,3%); arroz em casca (4%); feijão em grão segunda safra (7,0%) e osorgo em grão (9,5%).“As boas condições climáticas na maioria das regiões, aliadaao aumento da produtividade, devem ser os responsáveis para esse recorde”,explicou Neuton Alves, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícolado IBGE.Neuton Alves disse que o ganho de produtividade, por causa deinvestimentos em sementes e fertilizantes, é um resultado da recuperação dospreços no mercado internacional, especialmente para milho e soja. Segundo ele,isso vem ocorrendo devido à especulação sobre a futura safra norte-americana ea possibilidade que os Estados Unidos aumentem a sua produção de álcoolcombustível.“Enquanto que no Brasil se usa a cana para a produção deetanol, nos Estados Unidos é o milho. Com um possível aumento da produção deálcool, o milho ficaria retido e não sairia dos Estados Unidos, que é um grandeprodutor. E esse aumento da produção de milho acabaria repercutindo numadiminuição da área plantada de soja”, explicou.Entre as grandes regiões, os volumes de produção esperados(e as variações em relação a 2006) são: Norte, 3,5 milhões de toneladas(2,97%); Nordeste, 11,8 milhões de toneladas (8,25%); Sudeste, 16,1 milhões detoneladas (13,37%); Sul, 56,5 milhões de toneladas (42,02%), e Centro-Oeste,41,5 milhões de toneladas (33,39%).