Emprego na indústria paulista cresce pelo segundo mês consecutivo

08/03/2007 - 16h12

Marali Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pelo segundo mês consecutivo, a indústria de transformaçãopaulista ampliou a oferta de emprego. Em fevereiro foi registrado umcrescimento de 1,04% sobre janeiro, com a abertura de 22 mil postos detrabalho. No acumulado dos dois meses a expansão é de 1,87%, com 39 mil novascontratações. E nos últimos doze meses, a oferta de empregos expandiu 0,93%,com um saldo de 21 mil novos postos de trabalho.De acordo com a pesquisa de emprego da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 11 setores tiveram desempenhopositivo, três mantiveram-se estáveis e sete efetuaram cortes.O resultado foi considerado "agradável" pelodiretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp,Paulo Francini. Avaliou, no entanto, que embora em ascensão, a indústriapaulista está longe de recuperar o bom desempenho de 2004, quando foram gerados144.487 postos de trabalho. Do saldo de 39 mil vagas no ano, "30 mil referem-se àsadmissões feitas para o trabalho no campo do setor sucroalcooleiro", informouFrancini, minimizando a indicação estatística do desempenho mais favorávelneste começo de ano comparado tanto ao encerramento de 2006 quanto a igualperíodo do ano passado. Em fevereiro de 2006, a indústria havia registradocrescimento na oferta de emprego de 0,25%.O executivo esclareceu que embora a pesquisa seja daindústria de transformação, engloba a contratação de trabalhadores feita nestaépoca do ano "para o plantio de cana-de-açúcar, em alta por causa doálcool (etanol), com a multiplicação das usinas”. O setor de fabricação de coque, refino de petróleo,elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool cresceu disparado nafrente dos demais 11 setores em ascensão, com expansão 8,05% em fevereiro;10,38%, no primeiro bimestre, e 25,8% na variação dos últimos 12 meses atéfevereiro.O segundo melhor desempenho foi constatado em fabricação deprodutos alimentícios e bebidas com alta de 4,75%. Nesse setor, novamente,conforme destaca Francini, "foi puxado pelo açúcar".O terceiro setor a admitir mais do que demitir foi o defabricação de equipamentos de transporte, com alta 4,3%. De acordo com aanálise da Fiesp, a atividade desse segmento reflete mais o desempenho daprodução de aviões pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e quaseexclui a indústria automobilística, que diminuiu o ritmo de produção.