Consórcio fecha acordos com 27 moradores e familiares de cinco vítimas do metrô

07/03/2007 - 18h16

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São paulo - Passados 52 dias do acidente nas obras da Linha 4 do Metrô, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, ainda está em negociação boa parte das indenizações aos proprietários e inquilinos dos imóveis atingidos pelo desmoronamento.De acordo com nota divulgada hoje (7) pelo Consórcio Via Amarela, que reúne as construtoras responsáveis pelas obras, estão concluídos 27 acordos com inquilinos (moradores) de imóveis atingidos pelo desabamento. Também chegaram ao fim cinco acordos com familiares das sete vítimas que morreram no desmoronamento.No levantamento do dia 22 de fevereiro, constavam 21 acordos com inquilinos e, três, com familiares de vítimas. O comunicado desta semana informa que na última segunda-feira foi concluído o acordo com a família da aposentada Abigail de Azevedo. Continuam em andamento os entendimentos com a família do motorista Reinaldo Aparecido leite e o cobrador Wescley Ferreira da Silva.A nota do consórcio também revela, sem detalhes sobre valores, que foi concluído o processo de indenização sobre as perdas totais ou parciais de seis veículos engolidos na enorme cratera aberta durante o desmoronamento. No local do acidente, estavam sendo realizadas escavações para a estrutura da futura estação Pinheiros. Segundo a Subprefeitura de Pinheiros, 80 imóveis vizinhos às obras foram atingidos, dos quais seis tiveram de ser demolidos logo depois. Existem ainda outros sete condenados. O restante permanece sob interdição, a espera de uma definição sobre a necessidade de reformas e limpeza antes de voltarem a ser ocupados.A assessoria de imprensa da Defensoria Pública informou que o órgão vem acompanhando as negociações para indenizações sobre eventuais perdas, mas apenas de uma parte dos prejudicados, já que muitos recorreram a advogados particulares.Somam em torno de 20 casos de imóveis situados no lado ímpar da Rua Gilberto Sabrino e Rua Conselheiro Pereira Pinto. As situações são diversas pois há negociações sobre os prejuízos causados a proprietários idosos que não residiam no local, mas sobreviviam da locação desses imóveis. Existem ainda casos em que a residência ou estabelecimento comercial estava em processo de desapropriação quando aconteceu o acidente.