Rio de Janeiro pode se tornar a capital brasileira do resseguro, diz secretário

06/03/2007 - 11h58

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Lei Complementar 126, que abriu o mercado brasileiro doresseguro (o seguro das seguradoras) à livre concorrência, poderá acelerar oprojeto de transformação do Rio de Janeiro na capital do resseguro. A avaliaçãofoi feita à Agência Brasil pelo secretário de Desenvolvimento Econômicodo Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno.O resseguro é o seguro do seguro. Isso significa que quando uma operação ouum bem apresenta muitos risco, como uma plataforma de petróleo, por exemplo, aseguradora faz um novo seguro com outra companhia. Dentro de 30 dias, deve serassinado um protocolo envolvendo todos os interessados, que são os governosestadual e municipal, a Assembléia Legislativa (Alerj) e a Federação Nacionaldas Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg). Segundo Bueno ainiciativa vai tornar o resseguro uma questão central para o Rio de Janeiro.A pedido do governo fluminense, a Fenaseg está estudando os tributosincidentes sobre o setor do resseguro. Segundo Júlio Bueno, o objetivo “é verque incentivos poderão ser dados para trazer as grandes resseguradoras para oRio de Janeiro”.O governo está discutindo também a implantação de um Centro de Resseguros nacapital, um local físico onde as resseguradoras poderão se instalar. O localainda não foi definido, mas uma das opções seria a área do Teleporto, na CidadeNova, próximo ao centro do Rio de Janeiro, admitiu Bueno.

O secretário avaliou que o projeto tem uma importânciasimbólica para o estado. “O Rio de Janeiro tem sido esvaziado no setor deserviços ao longo dos últimos 30 ou 40 anos. Nós perdemos a Bolsa de Valores,perdemos o setor financeiro. Se a gente traz o resseguro, é a sinalização denovos tempos. O Rio de Janeiro lutando outra vez para ter a área de serviçosforte, que é muito importante para a cidade”, disse Bueno.A formação de recursos humanos nas áreas de seguro e resseguro é outrapreocupação do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. “A idéia étornar os recursos humanos uma questão de ponta no Brasil”, afirmou.Outra ação visa a articular o poder de compra do Rio deJaneiro em resseguros. Bueno explicou que o objetivo é fazer com que osresseguros a serem feitos induzam as empresas a instala-se no município.