PAC prevê cortes tímidos de gastos públicos, diz presidente da confederação da indústria

08/02/2007 - 16h46

Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - Representantes do setor produtivo reuniram hoje (8) o Fórum Nacional da Indústria para discutir as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, as maiores críticas dizem respeito ao corte de gastos públicos e à gestão do programa.“O PAC trouxe medidas muito tímidas de contenção fiscal. Se os gastos aumentarem como nos últimos anos, vai aumentar a carga tributária e degradar as condições de aumento de investimentos”.A outra ressalva feita pelos industriais, acrescentou Monteiro, é em relação à gestão do PAC. “É uma questão preocupante, pois não basta indicar vontade nem disponibilizar recursos para os projetos. O governo precisa revelar capacidade para executar os projetos dentro dos cronogramas que garantam a consecução dessas metas”.Apesar das críticas, o empresário disse que fórum apóia o programa do governo efedral. “Achamos que o PAC é um programa que deve ser apoiado pelo setor privado, porque representa a explicitação de um compromisso do governo com uma agenda pró-crescimento”.Para o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, o PAC deve desenvolver políticas para atrair investimentos. “O Brasil precisa demonstrar que está competindo com o mundo inteiro na atração de recursos”.O fórum é composto por representantes da CNI, pelas federações das indústrias dos estados e por associações nacionais setoriais. Segundo Monteiro, os integrantes do fórum vão criar um sistema de acompanhamento do programa com informações das empresas privadas.