Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As obras do maior trecho do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, que liga a BR-040 ao Porto de Itaguaí, devem começar até novembro de 2007, segundo previsão do vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão. Um acordo assinado hoje (6)entre o Ministério dos Transportes e o governo estadual, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permitirá a realização do projeto executivo e do estudo de impacto ambiental do trecho de 77 quilômetros.O acordo prevê que os projetos e estudos do trecho sejam feitos pelo governo do estado até junho deste ano. O governo federal, por sua vez, ficará responsável pelo repasse de cerca de R$ 800 milhões para a construção da rodovia, que terá pista dupla e cortará a Baixada Fluminense.O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse que o Arco Rodoviário é um dos projetos estratégicos mais importantes para o Rio de Janeiro, porque interliga grandes três rodovias federais (BR-101, BR-116 e BR-040) com o Porto de Itaguaí e o futuro Complexo Petroquímico de Itaboraí.“O Arco, quando concluído, além do benefício direto que trará a cidades que estão na sua área de influência, efetivamente servirá como um grande corredor para escoamento da produção nos estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e Minas Gerais, influindo, até mesmo, em áreas do estado de São Paulo”, disse Passos.O Arco Rodoviário é composto por outros três trechos, que totalizam cerca de 150 quilômetros de extensão. Um deles já foi duplicado (Magé/BR-040) e outros dois estão em fase de duplicação (Manilha/Magé e Itacuruçá/Santa Cruz). O projeto faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é classificado como Projeto Piloto de Investimento (PPI), o que impede que seus recursos sejam contingenciados.De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio, o Arco Rodoviário é uma demanda do setor empresarial fluminense há pelo menos 10 anos. Para ele, o projeto é essencial para o desenvolvimento do estado. “Hoje, com o Arco ainda no papel, já são estimados investimentos em seu entorno que superam R$ 70 bilhões nos próximos três anos. Imaginem o que será possível quando a obra for uma realidade”.