Comissões do Senado presididas pelo PT e PSDB ouvirão a sociedade nas discussões do PAC

06/02/2007 - 19h32

Ana Paula Marra e Marcos Chagas
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O PT e o PSDB, apesar das divergências históricas, pelomenos em duas comissões do Senado adotarão a mesma metodologia na apreciaçãodas propostas do Programa de Aceleração da Economia (PAC) encaminhadas aoCongresso Nacional. Os presidentes da Comissão de Assuntos Econômicos, senadorAloizio Mercadante (PT-SP), e da Comissão de Infra-Estrutura, Marconi Perillo(PSDB-GO), anunciaram que vão discutir os temas amplamente com a sociedade. Asduas comissões são estratégicas no processo de tramitação destas medidas. “Vamos marcar as votações dos vários projetos que vãotramitar na comissão, especialmente os do PAC, que será uma agenda substantiva,sempre pelo debate transparente, qualificado e pluralista”, afirmou Mercadante.Ele acredita que pelo debate as decisões sejam acompanhadaspela sociedade e “realmente expressem a convicção dos senadores”.  O presidente da CAE anunciou que pretende promover uma sériede seminários para debater, também, temas relativos às políticas fiscal emonetária.O presidente da Comissão de Infra-Estrutura, MarconiPerillo, vai além. Ele quer fazer uma parceria com a presidência da Comissão deInfra-Estrutura da Câmara dos Deputados e realizar debates nos estados paradiscutir “os impactos, as medidas e os senões” das medidas para promoverem ocrescimento acelerado apresentadas pelo Executivo.“O PAC é um programa bom ou ruim, que precisa ser discutidopela sociedade. É necessário debatê-lo com a sociedade e capilarizar adiscussão”, disse Perillo. O senador disse que a comissão terá um “papel atuante” nadiscussão de medidas que dizem respeito a questões tributárias, juros econcentração de receitas em poder da União. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadorAntônio Carlos Magalhães (PFL-BA), afirmou que o programa (PAC) será “discutidodemocraticamente e votado do mesmo jeito na comissão”. É na CCJ que as matériassão analisadas em sua constitucionalidade.  “Tudo que for bom e importante para o país vou apoiar. Issonão quer dizer que vou apoiar o PAC cegamente”, afirmou ACM, acrescentando que oprograma está “cheio de falhas que precisam ser contornadas pelo Congresso”.