Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na primeira sessão de votação da Câmara na nova legislatura, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), alertou os deputados de que, a partir de agora, a Ordem do Dia (período destinado às votações) começará "impreterivelmente" às 16 horas. Segundo ele, não haverá tolerância para o inicio das votações. Chinaglia disse aos parlamentares que, se, às 16 horas, não houver quórum para as votações, a sessão será encerrada imediatamente, e os ausentes receberão falta.Embora o Regimento Interno da Câmara estabeleça que as votações devem começar às 16 horas, essa determinação quase nunca é cumprida na Casa. Nas legislaturas anteriores, os presidentes eram tolerantes e ficavam aguardando até  as 16 horas, ou mais, a chegada de deputados para iniciar as votações. O quórum minimo para iniciar qualquer votação é de 257 deputados, metade mais um dos 513. Diversos deputados elogiaram a decisão de Chinaglia. Ao justificar a medida, ele disse que o melhor caminho para o país é a Câmara trabalhar de maneira profícua. Chinaglia ressaltou que a pauta de votações vai ser pensada a partir de reunião com os líderes partidários, a partir de propostas prioritárias para o país.O deputado Clodovil Hernandez (PTC-SP), que estava na tribuna ouvindo aparte de um colega ao discurso que acabara de pronunciar. teve que descer para o plenário, após advertência de Chinaglia de que a Ordem do Dia começaria impreterivelmente às 16 horas, ou seja, naquele horário. Ao falar à imprensa, Clodovil reclamou do presidente da Câmara: "O Chinaglia me botou para fora sem se despedir de mim. ele é muito mal-educado. Como é que ele faz isso? Eu não preciso dele para nada. Estou aqui representando quase 500 mil pessoas que votaram em mim".