Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará amanhã (6), no Palácio Laranjeiras, da solenidade de assinatura de convênio entre o Ministério dos Transportes e o governo do estado, para a conclusão do Arco Rodoviário, obra incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal no dia 22 de janeiro.O Arco Rodoviário, com cerca de 145 quilômetros de extensão, é uma antiga reivindicação do setor produtivo do estado e vai ligar a cidade de Itaboraí, onde será construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ao Porto de Itaguaí, no litoral Sul, cruzando toda a Baixada Fluminense. Com isso, desafogará o tráfego na região metropolitana. Segundo o vice-governador Luiz Fernando Pezão, também secretário de Obras, "o Arco será um grande gerador de empregos". Ele informou que a rodovia "vai garantir o escoamento da Refinaria Duque de Caxias, do Pólo Gás-Químico e das empresas que ali se instalarem, criando um eixo dedesenvolvimento econômico na região metropolitana”. Ainda de acordo com Pezão, o Arco facilitará o transporte de cargas de Minas Gerais,Espírito Santo e São Paulo para o Porto de Sepetiba, reduzindo em 60quilômetros esses trajetos. Projeções iniciaisdo governo do estado indicam que, nos primeiros meses, passarão pelaestrada pelo menos 15 mil veículos de carga pesada por dia, o que aliviará o tráfego na cidade do Rio de Janeiro e na Ponte Rio-Niterói.O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão daSecretaria de Obras, está elaborando o projeto básico, que deverá serconcluído em junho, para que as obras comecem no segundo semestre. O primeiro dos quatro segmentos tem 25 quilômetros de extensão e compreende trecho da BR-493, com duplicação dapista, entre o entroncamento com a BR-101, em Manilha, e o entroncamento com aBR-116, em Santa Guilhermina, no município de Magé. Embora boa parte das rodovias já esteja pronta e em boas condições de trânsito, o trecho de maior extensão, ligando a BR-040 ao Porto de Itaguaí, está paralisado em função do custo doempreendimento, estimado em R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão. Esse trecho cruza a Baixada Fluminense, ligando os principais eixos rodoviários da região Sudeste, comalcance econômico e de trafego até os estados das regiões Centro-Oeste e doestado da Bahia. Ao anunciar o PAC, o presidente Lula confirmou a inclusão dotrecho final do Arco Rodoviário no volume global de investimentos estimadospara o programa: cerca de R$ 503 bilhões até 2010.