Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Institutos de Propriedade Intelectual do Brasile da França firmaram hoje (5) acordo de cooperação para fortalecer adefesa dos direitos contra a pirataria. O objetivo é a troca deexperiências bem sucedidas nos dois países para disseminar entre osempresários e institutos de pesquisa a necessidade do registro demarcas e patentes.
O acordo prevê arealização de missões técnicas entre as duas instituições, com arealização de cursos e conferências internacionais.
Deacordo com o presidente do INPI, Jorge Ávila, o esforço vai fortalecera relação entre os países. “É importante que tenhamos vínculos comoutros escritórios nacionais, porque permite que nós aprendamos com aexperiência deles e que os avanços brasileiros sejam reconhecidostambém internacionalmente, ajudando a inserir o Brasil no contextointernacional das discussões sobre a propriedade industrial”.
Áviladestacou que os produtos nacionais ainda são pouco pirateados nomercado externo, mas disse que é preciso estabelecer as bases deproteção.
“Ainda há poucas marcasbrasileiras conhecidas lá fora, por isso ainda somos pouco pirateadosem outros países, mas o objetivo de qualquer companhia é ter seusprodutos conhecidos mundialmente. O acordo possibilita o fortalecimentode um sistema de respeito às marcas brasileiras. Isso facilita ainserção de marcas brasileiras nos principais mercados do mundo”,explicou Ávila.
Ele disse também que osesforços no Brasil estão voltados para promover a cultura dapropriedade industrial entre as pequenas e médias empresas. E lembrouque, muitas vezes por falta de conhecimento da importância do sistemade marcas e patentes, estas sofrem prejuízos maiores com asfalsificações.
Durante a cerimônia deassinatura do acordo, foi inaugurada uma exposição de produtosoriginais e pirateados no Brasil e no mundo. Entre os líderes no ranking das falsificações estão bolsas de marcas famosas, cosméticos, bebidas alcoólicas, CDs e DVDs.
Dadosdo Conselho Nacional de Combate à Pirataria mostram que o país deixa dearrecadar cerca de R$ 30 bilhões em impostos anualmente por causa davenda de produtos piratas.