Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) inicia amanhã (5) no Rio de Janeiro, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um seminário sobre o controle de resíduos sólidos nos portos brasileiros. A idéia é reduzir o impacto ambiental.O gerente da Área de Meio Ambiente da Antaq, Marcos Maia Porto, disse hoje à Agência Brasil que o descarte de resíduos de maneira inadequada nos portos gera um efeito cumulativo. “Se você não corrigir ao longo do tempo, aquilo se torna um problemão”.Ele explicou que quando o porto fica no meio da cidade – caso do Rio – há um acúmulo de resíduos despejados a partir da área urbana e do próprio porto, seja das embarcações, seja das instalações em terra. E disse que é preciso recolher esse material e mandá-lo para locais apropriados, como aterros sanitários.Maia Porto afirmou que os piores resíduos são os radioativos, devido ao perigo de contaminação. Têm de ser depositados em embalagens especiais, “até de concreto”, e colocados em locais totalmente protegidos. Já os de natureza hospitalar devem ser incinerados. Mas é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que resolve como agir.Alguns resíduos, como embalagens plásticas, são recicláveis, lembra o gerente. Outros, como óleo de embarcação, podem ser reutilizados depois de passarem por um processo de limpeza. “A grande jogada é criar tecnologia para aproveitar os resíduos”.Durante o seminário, que dura a semana toda, será debatido também um projeto da Anvisa que estabelece novas regras para o controle desses resíduos nos portos. Foi elaborado em 2001 e deve receber contribuições das administrações portuárias, com a finalidade de atender um maior número de interessados. “Vai sair dali [do seminário] uma revisão [do projeto], a cargo da Anvisa”, afirmou Maia Porto.O gerente da Antaq reconheceu que não há um levantamento quantitativo de resíduos gerados nos portos. O tema também será debatido.