Ato público marca três anos da morte de auditores fiscais em Unaí

26/01/2007 - 7h43

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um ato público chamado Justiça e Julgamento Já! vai marcar os trêsanos da morte dos auditores fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves,João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e do motorista AiltonPereira de Oliveira na zona rural de Unaí. Eles foram mortos em 28 de janeiro de 2004, quando investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas da região. Oato público - que será feito no local do crime no próximo domingo (28)- é organizado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais doTrabalho (Sinait), pela Associação dos Auditores Fiscais de MinasGerais (AAFIT), pela Delegacia Regional do Trabalho do estado e porparentes das vítimas.Hoje (26), eles darão uma entrevista coletiva para falar sobre a lentidão no andamento dos processos dosacusados pelas mortes. Até agora, nenhum deles foijulgado. Os representantes dos auditores fiscais reivindicamtambém mais segurança para quem trabalha na zona rural deUnaí. Um dos acusados de ser o mandante do crime, AntérioMânica, foi eleito prefeito de Unaí, enquanto estava preso acusadopelos assassinatos. Ele adquiriu o direito de ser julgado peloFórum Especial. Em novembro do ano passado, o fazendeiro Norberto Mânica conseguiu um hábeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguarda o julgamento em liberdade.