Presidente do PSDB diz que partido fará propostas pontuais de mudança no PAC

25/01/2007 - 18h41

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PSDB fará propostas pontuais de mudança nas medidas do Programa de Aceleração da Economia (PAC) que dependem de aprovação do Congresso Nacional. Segundo o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), na próxima semana, o partido terá um levantamento completo sobre cada medida do PAC e seus possíveis reflexos na economia. Jereissati disse que não descarta a possibilidade de o PSDB votar contra alguns projetos. A decisão foi tomada hoje (25), durante reunião da Executiva Nacional do partido.“O que é mais importante, olhando do ponto de vista global, é que não tem nenhuma coisa fundamental, a não ser grandes equívocos de linha de pensamento. O primeiro grande equívoco é atribuir ao investimento público o papel principal de agente do crescimento econômico”, afirmou o senador. Para ele, esse é “um erro que nunca funcionou em parte alguma do mundo”. De acordo com o senador, o agente econômico que promove o crescimento é a iniciativa privada. “O que nós vamos fazer é um documento projeto a projeto, ou emendando ou colocando nossa opinião sobre cada um deles”, explicou.O senador informou que os tucanos não aprovam o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em investimentos no setor de infra-estrutura. Para ele, trata-se de uma medida equivocada, "uma medida de quem não conhece a realidade mundial”. Jereissati defende a busca de empréstimos e investimentos estrangeiros para impulsionar o crescimento da economia nacional. Segundo ele, a economia mundial passa por um bom momento, “[está] sobrando dinheiro”, e em vez disso o governo federal resolve retirar dinheiro do FGTS. O PSDB já fechou questão contra essa medida, informou o senador. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que o Congresso precisa discutir “com urgência” todas as reformas estruturais, inclusive a da Previdência Social. Virgílio criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar o Fórum Nacional da Previdência Social para discutir o déficit do setor. “Quando o governo cria grupos de trabalho para examinar, por exemplo, a questão previdenciária, no fundo ele está fugindo do problema, remetendo para o futuro e deixando o bonde da verdade passar”,