Para Empresa de Pesquisa Energética, país tem alternativas a construção de usina nuclear

25/01/2007 - 17h12

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou hoje (25) que, se a construção da usina nuclear de Angra 3 não for aprovada, o país tem outras alternativas que poderão seradotadas, entre as quais pequenas centrais hidrelétricas (PCHs),térmicas a biomassa, térmicas a gás. “Entre  2013 e 2014, nós jávamos ter um cenário  de bastante gás no país. Então, você passa ater outras opções, além do próprio carvão, nacional ou importado”, disse ele, em evento no Clube de Engenharia.Ele revelou que empreendedores privados jáestão analisando  projetos de instalação de usinas termelétricas no Ceará e noMaranhão utilizando carvão importado, cuja entrada em operação éprojetada para 2011/2012. Uma dessas usinas teria  capacidade degeração de 700 MW. Tolmasquim lembrou que vários projetos de PCHs, jácom outorga dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),representam  cerca de 1.500 MW. E adiantou que, em termos de usinasmovidas a biomassa, existe um potencial para gerar, no curto prazo,mais 1.000 MW. “Tem outras alternativas, que vocêpode ir usando”, indicou. O presidente da EPE esclareceu, porém, quequestões relativas a preço e licenciamento ambiental é que vãodeterminar o que entrará antes ou depois em construção. A energia que será produzida pelos projetos que entrarem em consideração a partirde agora será objeto de leilão. O próximo leilão de energia nova,programado para maio próximo, se refere a energia contratada parao período entre 2010 e 2012.