Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Estudos realizados por técnicos da Caixa Econômica Federal apontam que a área portuária do Rio de Janeiro poderá absorver em torno de 10 mil unidades habitacionais, segundo o superintendente regional da instituição, José Domingos Vargas.Esse número ainda pode ser elevado, acrescentou, em função da dinâmica do crescimento urbano. A expectativa de Vargas é de que as primeiras ações serão realizadas neste ano: "O bom entrosamento entre o governo municipal, o estadual e o federal é muito positivo para aquela área, que para o estado e a cidade interessa de forma especial em relação ao transporte urbano", disse.A Caixa Econômica Federal é um dos órgãos federais participantes do projeto de revitalização da área portuária do Rio de Janeiro, lançado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante assinatura de acordo de cooperação técnica entre as três esferas governamentais.Segundo o superintendente, o projeto vai contribuir para a criação de um mercado habitacional diversificado no entorno da área portuária, e “mais condizente com o déficit habitacional no Rio de Janeiro”, atualmente estimado em cerca de 770 mil moradias.A região, avaliou, tem potencialidade para atender à população de baixa renda – média de até três salários mínimos mensais. Na opinião de Vargas, isso não elimina, entretanto, a construção de imóveis direcionados também à classe média e ao Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Em alguns lugares, acrescentou, também as operações coletivas poderão ser objeto de atenção da Caixa, visando resolver problemas de comunidades próximas.“É importante que a revitalização seja feita pelo uso do local e sem expulsar as pessoas que lá residem. Essas duas coisas são fundamentais. Quando se parte para o desenvolvimento da área portuária com essa visão de manter as pessoas que lá estão, de evitar a especulação financeira e de contemplar rendas melhores e projetos atrativos, aí se tem um balanço interessante das rendas na região”, analisou.