Venezuela deve continuar como forte parceiro do Brasil no Mercosul, diz Furlan

15/01/2007 - 18h06

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje (15) que as trocas comerciais enegociações sobre investimentos entre o Brasil e a Venezuela tendem a continuar,a despeito da posição nacionalista manifestada pelo presidente reeleito daquelepaís, Hugo Chávez. Furlan destacou a importância da entrada da Venezuela nofortalecimento do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul). “Não vejo grandesproblemas no campo do comércio e investimentos”, disse Furlan, após salientar aimportância da Venezuela como parceiro comercial. O ministro observou que os países membros do Mercosuldiscutem neste momento a ampliação de suas relações com os demais blocosregionais do mercado internacional. E nesse sentido considera que a reuniãoentre os signatários (do Mercosul) a ser realizada na próxima sexta-feira (18),no Rio de Janeiro, “virá num momento muito particular porque se analisa aampliação da relação do Mercosul  com outras nações do mundo”.Furlan deu as declarações depois da cerimônia de abertura da34a Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatosde Couro, que acontece até o próximo dia 18, no Parque Anhembi, em São Paulo.No discurso de abertura da feira, o ministro sinalizou quepode permanecer no cargo ao declarar-se um aliado do setor calçadista narecuperação dos recursos a que têm direito por meio do repasse de créditos do Impostosobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Me deixa inquieto o fato dealgumas empresas terem até 50% de seu patrimônio líquido em créditos a receber,o que tira a sua competitividade”, afirmou.Em entrevista à imprensa, disse que a sua continuidade napasta deverá ser definida dentro de duas ou três semanas. Ele recebeu apoio dogovernador de São Paulo, José Serra, que manifestou no ato o desejo de vê-lomantido no ministério.