Edna Dantas
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para uma parcela da população brasileira, esperar a ação dopoder público se transformou em combustível para ações convertidas em prol dacomunidade em geral. A idéia de unir a sociedade civil em torno de um bem comumnão é nova. Mas é cada vez maior o número de entidades e associaçõescomunitárias que se unem para levar melhorias à população nas áreas de saúde,educação, renda e direitos humanos – para citar áreas essenciais. Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), num período de sete anos – entre 1996 e 2002 –o número de organizações-não governamentais (ONGs) e entidades sem finslucrativos no Brasil mais que dobrou. Passou de 105 mil para quase 280 mil.Apenas no segmento de associações comunitárias, esse número cresceu de 5.300para 23.100. Na série de reportagens Brasil Comunidade, produzidaoriginalmente para marcar o aniversário de um ano do programa Notícias daManhã, da Rádio Nacional, nossos repórteres contam histórias deprojetos e ações bem-sucedidas que mudaram a vida de muitas pessoas. É o caso de um grupo de mulheres de três favelas da zonanorte do Rio de Janeiro que se uniram em uma cooperativa para produzir pães ematerial de papel. O trabalho do Grupo das Arteiras conseguiu unir duas irmãsmoradoras de comunidades que, mesmo vizinhas, amargam a rivalidade entrefacções do tráfico.