Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A oferta de tratamento para hepatite Cem 2006 não diminuiu em relação aos outros anos. Os números ainda nãoforam fechados, mas, ao contrário, a oferta deverá ser ainda maior queno ano anterior. A afirmação é da coordenadora do Programa Nacional deHepatites Virais do Ministério da Saúde, Gerusa Figueiredo.
Amédica infectologista rebateu os números da organizaçãonão-governamental (ONG) Grupo Otimismo de Apoio ao Portador deHepatite, que afirma que a compra de medicamentos para a doença foi 10%menor em 2006.
Segundo GerusaFigueiredo, os dados de 2006 sequer foram fechados, o que deveráocorrer apenas no mês de março, já que os estados têm prazo de trêsmeses para fazer o acerto de contas. Além disso, houve, segundo amédica, uma mudança na codificação do procedimento 'compra demedicamentos' no Datasus, o banco de dados onde ficam essasinformações. Segundo ela, os estados ainda estão se adaptando ao novoprocedimento.
“Não dá para fecharnenhuma estatística, e principalmente esta do ano de 2006 agora, agente vai ter que esperar pelo menos até março para fechar”, afirmou.De acordo com o Programa de Hepatites Virais, foram adquiridoscerca de 7 mil tratamentos para a doença em 2005. Os dados de 2006,ainda não fechados, mostram que já foram adquiridos cerca de 8.500medicamentos, número superior ao ano de 2005.
Opresidente do grupo Otimismo, Carlos Varaldo, explicou que osmedicamentos para o tratamento da hepatite C são de alto custo,chegando a sair, na rede particular de saúde, por cerca de R$ 70 mil otratamento completo. “É um número preocupante, porque é uma doença quetem de 3 a 4,5 milhões de infectados”.