Terceira via para presidência da Câmara fica mais difícil, diz Ricardo Izar

12/01/2007 - 10h54

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de fazer parte do grupo de deputados que busca um terceironome para concorrer à presidência da Câmara, o deputado Ricardo Izar(PTB-SP) disse que essa opção vai ficando cada vez mais difícil.Principalmente depois que parte do PSDB anunciou apoio à candidatura deArlindo Chinaglia (PT-SP). Para fechar questão sobre o assunto, osdeputados favoráveis a uma terceira via vão se reunir na terça-feira(16).“O grande problema é que tem o lado prático. Gostaríamos deescolher uma pessoa que não esteve implicada com todas asirregularidades do ano passado e, logicamente, de um partido que tenhamuito voto. Não adianta escolher um candidato do P-Sol, que só tem trêsdeputados, ou do PV, que tem meia dúzia de deputados. Há necessidade dealguém de um partido grande ou médio, pelo menos”, explicou o deputadoem entrevista à Rádio Nacional.Para Izar, a próximasemana será decisiva nas negociações em torno de um nome definitivopara concorrer à presidência da Casa. “Diversos partidos vão se reunir,outros, os candidatos já saíram para a campanha e estão visitando osdeputados nos estados. O quadro começa a ficar mais claro na semana quevem”, disse.Ricardo Izar diz que não teme a repetição do chamadoe um “efeito Severino” - a vitória inesperada de Severino Cavalcantepara a presidência da Câmara em 2005, depois de impasse na candidaturados dois candidatos do governo ao cargo. “A realidade é uma só: setiver uma terceira via, será uma pessoa competente, capaz, honesta,diferentemente do que aconteceu no caso Severino, que foi indicado pelobaixo clero”.